Saqqara no Egito

Bem antes … algo como 200 anos antes. Confesso que apesar das explicações eu fiquei confuso. Afinal, a gente fica escutando que as Pirâmides são templos para enterrar as pessoas. Aí esquecemos de buscar entender como era antes…

Vamos lá… Antes das lindas Pirâmides os primeiros túmulos eram peças cortadas no leito rochoso e cobertos de pedras. Com o tempo se desenvolveram em estruturas mais elaboradas, feitas de tijolos de barro e pedra, com salas projetadas para que as pessoas pudessem entrar e prestar homenagem aos mortos. Essas estruturas ficaram conhecidas como mastabas

Djoser e Imhotep decidiram construir uma enorme mastaba de pedra, mas em algum momento da construção eles construíram outra mastaba em cima da primeira – e depois outra em cima da segunda.

Eles continuaram esse processo até ampliar a estrutura para a primeira pirâmide do mundo. Era o que agora chamamos de “pirâmide de degraus”, consistindo em seis terraços com 60 metros de altura.

Indo além …

A pirâmide de degraus de Djoser em Saqqara é um dos monumentos mais emblemáticos do Egito – e com razão. Constitui um ponto de virada histórico significativo nos antigos monumentos funerários egípcios, revolucionando a arquitetura de pedra e os enterros reais.

Além de sua beleza e escala monumental, não é apenas a primeira pirâmide que os antigos egípcios já construíram, mas também a mais antiga estrutura de pedra egípcia conhecida.

A idade da Pirâmide de Degraus é impressionante. Foi construído no início da Terceira Dinastia, durante o reinado do rei Netjerykhet (c.2667–2648 aC), que agora é mais conhecido como Djoser.

Antes de seu reinado, egípcios reais e de elite eram enterrados em mastabas. Esta palavra, que significa “banco” em árabe, refere-se a um tipo de estrutura funerária geralmente retangular e construída sobre o túmulo propriamente dito, que ficava no subsolo.

A pirâmide de degraus é composta por seis mastabas empilhadas, criando assim o efeito escalonado. Imhotep, seu arquiteto, pode muito bem ter sido o responsável por essa grande inovação.

Em uma extremidade do complexo da pirâmide, acredita-se que uma estrutura conhecida como a Tumba do Sul tenha agido como uma tumba adicional e simbólica para Djoser, talvez refletindo seu papel como rei duplo do Alto e do Baixo Egito.

O complexo da pirâmide de Djoser também possui algumas características únicas. Os dois pátios em frente à pirâmide recriam o cenário do Festival Sed, uma cerimônia real destinada a rejuvenescer o rei e regenerar seu poder.

As estruturas do lado do pátio oriental emulam em pedra os efémeros santuários que eram utilizados nesta festa, garantindo assim que o rei pudesse continuar a rejuvenescer para sempre.

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