A Rota da Música nos Estados Unidos

agosto 20, 2023

A Rota da Música nos Estados Unidos tem a ver com Nashville. No caminho tem country, Jazz, e Rock. Além da capital da tida música sertaneja por lá ainda tem Memphis, no Tennessee, e Nova Orleans, na Luisiana. Uma viagem por esta rota revista o passado e o presente dos quatro gêneros musicais.

Em Nashville, impera a música country: suas origens, seu passade e seu presente. Memphis, para surpresa de muitos, é a capital mundial do blues. Mas, se você prefere esse estilo, não vai se decepcionar. Na cidade está um dos berços do rock and roll, e parte das origens desse gênero que começou a incendiar o mundo nos anos 50, para nunca mais parar.

E Nova Orleans apesar de ser a capital mundial do jazz, tem muito blues nas ruas de seu mais famoso bairro, o French Quarter.

A Rota da Música tem muitas atrações em cada uma das cidades. Por isso, vou dividir essa reportagem em três partes. Na primeira, vamos falar de Nashville.

COMO PERCORRER A ROTA DA MÚSICA

O trecho total entre as três cidades é de 900 km. São 300 km de Nashville a Memphis e outros 600 da capital do blues até Nova Orleans. A melhor maneira de percorrer essa distância é de carro. As estradas são impecáveis.

Além disso, você ainda terá a oportunidade de ver as incríveis vias suspensas da Luisiana. Primeiro, elas estão sobre pântanos. Na aproximação a Nova Orleans, sobre o Golfo do México. Outra vantagem de ir de carro é que fazer uma road trip nos Estados Unidos é uma experiência que todo fã de viagens deveria viver. Especialmente no sul.

Aqueles hotéis e restaurantes de rodovias tão comuns em road movies se proliferam aos montes por todo o trajeto, em um cenário que parece nos transportar ao cinema. Porém, se a vida ao volante não é seu negócio, há grandes aeroportos nas três cidades. Dá para voar.

O ideal é começar o roteiro por Nashville ou Nova Orleans, principalmente se a escolha for percorrê-lo de carro, pois Memphis fica no meio do caminho. Não há voos diretos do Brasil para nenhuma das três. Os locais mais próximos com voos sem conexão são Miami, na Flórida, e Atlanta, na Geórgia.

Porém, com conexão todas as companhias americanas oferecem boas opções para Nashville, Nova Orleans e Memphis – além da brasileira Latam e da panamenha Copa Airlines.

QUANDO IR

No inverno do Hemisfério Norte, de dezembro a março, não há grandes programações de festivais de música, gastronomia e cultura que são típicos das cidades. Já no verão (meados de junho a meados de setembro), o calor é mais forte que na maior parte das cidades do Brasil.

Nos meses de abril e, especialmente, maio e junho, também faz calor, mas não tão intenso quanto no alto verão. Já no outono do Hemisfério Norte, você pode encontrar temperaturas um pouco mais baixas, mas não como em outras regiões dos Estados Unidos. O clima nas três cidades é bem parecido com o da Flórida, mais conhecida pelos brasileiros.

No inverno, porém, pode fazer frio de verdade nas cidades da Rota da Música – e há até anos em que Memphis, por exemplo, registra neve. Não é a condição ideal para a Rota da Música, cujas atrações mais legais exigem caminhar ao ar livre.

DESTAQUES DE NASHVILLE

Já falei do lado festivo de Nashville aqui, em uma comparação com Nova Orleans e Las Vegas. E ele é mesmo muito forte. A Broadway, rua musical do centro da cidade, tem shows de country praticamente 24 horas por dia.

Os bares, que se estendem por três quarteirões, têm entre dois e três andares, cada um com uma banda diferente. Muitos oferecem rooftops, com apelo especial para ver o por do sol e observar a brilhante e colorida Broadway, cujo estilo das construções remete às décadas de 40, 50 e 60, principalmente.

Mas a conexão de Nashville com a música country vai muito além da festa da Broadway. Lá, estão museus dedicados a dois dos maiores nomes da história do gênero, Johnny Cash e Patsy Cline. Eles ocupam o mesmo prédio e um ingresso (US$ 20) dá acesso a ambos.

Outro programa imperdível é visitar o Hall da Fama da Música Country (Country Music Hall of Fame, fundado em 1961), também no centro. O museu tem partes dedicadas a muitos de seus 149 membros. Entre eles, estão o já citados Cash e Cline, os pioneiros Hank Williams e Jimmy Rogers, a Carter Family, Dolly Parton e até Elvis Presley.

O mais novo integrante do Hall da Fama da Country Music é Jerry Lee Lewis, que foi também um dos pioneiros do rock and roll e faleceu no mês de outubro, aos 87 anos.

MUSIC ROW E OPRYLAND

Dá para combinar a visita a esse museu com a entrada no estúdio B da gravadora RCA (com apenas um ingresso), onde grandes nomes não apenas do country, mas de outros gêneros, já fizeram gravações. Quem? Elvis Presley e Dolly Parton estão entre eles.

Porém, o prédio do estúdio B da RCA não está no centro, e sim no Music Row. A simpática região é o berço das gravadoras e dos estúdios de gravação de Nashville. Por lá, as ruas têm nomes de astros do gênero.

Também fora do centro da cidade, em uma área chamada Opryland – a cerca de 10 km – está o Grand Ole Opry House. Vale a pena assistir a um show no local, que é sede de um concerto semanal de country (de mesmo nome) transmitido pelo rádio – trata-se do mais antigo programa de rádio dos EUA.

Fora do circuito da música, visite o descolado bairro The Gulch, a cerca de um quilômetro da Broadway. Lá, você vai encontrar muita arte de rua e bares e lojas mais sofisticados. Nashville, aliás, é um ótimo local para comprar artigos de couro, como casacos e botas.

HOTÉIS EM NASHVILLE

Como quase tudo acontece no centro de Nashville, este é o lugar para se hospedar. Por lá, há hotéis sofisticados como o 1 Hotel (diárias a US$ 369) e o Four Seasons (US$ 592). Os preços são sempre para o mês de abril e não incluem impostos.

Outras boas opções no centro são o Hyatt Centric (US$ 250), o Hilton (US$ 370 e o mais bem localizado para quem quer curtir a Broadway) e o descolado Dream (US$ 275)

No Music Row, há hotéis um pouco mais em conta que no centro, como o quatro-estrelas Hutton (US$ 180) e o Best Western (US$ 140), que já é também bem mais simples. Para quem procura sofisticação nessa área, a melhor opção é o Conrad Nashville (US$ 390).

Há ainda bons hotéis no The Gulch. Entre eles, o destaque é o badalado W Hotel, por US$ 314 a diária.

Próximo ao Grand Ole Opry, há o resort e centro de convenções Gaylord Opryland (US$ 330), além de opções mais em conta (e simples) como Quality Inn, Comfort Inn e Best Western.

Os preços desses hotéis mais simples partem de US$ 75 a diária. E, para quem está de carro, muitos têm estacionamento gratuito. No centro, os valores desses serviços, nos hotéis, são de no mínimo US$ 30 por dia.

OUTRAS INFORMAÇÕES

Para fazer a Rota da Música com calma, apreciando a imersão cultural e histórica, o ideal são dez dias. No caso de Nashville, uma visita rápida vai exigir pelo menos duas noites.

Mas, como a Broadway é muito legal, e você provavelmente vai querer visitá-la todos os dias, vale a pena ficar três noites na capital do Tenneessee.

Para jantar, a dica é o The Standard. Mais do que os pratos de culinária internacional com uma pegada do sul dos EUA, o que chama a atenção é o prédio que o sofisticado restaurante ocupa.

O The Standard está em um edifício que era ponto de encontro de soldados da União durante a Guerra Civil Americana. O prédio foi preservado para ser mantido praticamente como era na época. O restaurante tem diversos ambientes. O mais interessante é o nostálgico bar.

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O Chico já viajou bastante, esteve por mais de 70 países, todos os estados do Brasil menos o Acre e mais outros 500 destinos por todo o Brasil e pelo mundo. Neste site e no blog temos inúmeros registros das suas aventuras e também dos clientes da Naiade Viagens muitas vezes com nossas camisetas nestes mais de 12 anos por tudo que é lugar.

Francisco Medina é escritor. Em seu site pessoal encontramos seus livros, universos, paternidade, o Rock e por fim seu estilo de vida além das viagens que estão aqui descritas no site da Naiade.

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