Igreja de Todas as Nações em Jerusalém

Igreja de Todas as Nações em Jerusalém. Estivemos por lá. Ela fica situada perto do sopé do Monte das Oliveiras em Jerusalém, e foi construída sobre a rocha na qual se acredita que Jesus orou em agonia na noite anterior à sua crucificação. Inclusive no meu vídeo eu mostro as pessoas rezando ao entorno, em uma missa exclusiva.

A igreja e o Jardim do Getsêmani adjacente, com suas oito oliveiras antigas, fornecem um lugar evocativo para meditação, especialmente quando visitado à noite. Estivemos pela manha, e fiquei impressionado com a galera… muita gente.

A igreja também é conhecida como Basílica da Agonia. Concluída em 1924, é a terceira igreja do local. O seu desenho combina a fachada de uma basílica tipicamente romana com uma cobertura de 12 pequenas cúpulas que sugerem um carácter oriental. O mosaico triangular ricamente colorido no topo da fachada torna um marco de Jerusalém.

Jesus orou em angústia

Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas contam que Jesus e seus discípulos foram para o Monte das Oliveiras após a Última Ceia. (estivemos lá também) Jesus deixou os oito dos discípulos juntos em um lugar e se retirou com Pedro, Tiago e João. Jesus pediu que eles ficassem acordados enquanto ele rezava, e os três testemunharam sua Transfiguração.

Jesus “se jogou no chão” (Mateus 26:39) e em sua angústia “seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue que caíam ao solo” (Lucas 22:44). Mas os três discípulos, todos pescadores acostumados a trabalhar noite adentro, não conseguiram ficar acordados “de tristeza” (Lucas 22:45). Então, um grupo de chefes dos sacerdotes e anciãos chegou para prender Jesus. Eles eram liderados por Judas, que traiu seu Mestre com um beijo.

A Atmosfera Sombria na Igreja

Uma atmosfera de triste reverência invade a Igreja de Todas as Nações. O arquiteto Antonio Barluzzi evocou a noite da Agonia ao deixar o interior na penumbra, aliviado apenas pela luz natural atenuada filtrada por janelas de alabastro azul-violeta.

O azul sombrio de um céu noturno estrelado é recriado nas cúpulas do teto, as estrelas sendo rodeadas por ramos de oliveira que lembram o jardim do Getsêmani.

Em frente ao altar-mor está um afloramento plano de rocha, que uma longa tradição cristã identifica como a Rocha da Agonia onde Jesus orou.

Há um grande mosaico em cada uma das três absides. Da esquerda para a direita, eles representam o beijo de Judas, o Cristo em agonia sendo consolado por um anjo e a prisão de Jesus.

Muitas nações contribuíram na construção

A basílica é chamada de Igreja de Todas as Nações porque muitos países contribuíram para os custos de construção. Os símbolos nacionais de 12 doadores estão dentro das cúpulas do teto. São estes países: Argentina, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, México, Espanha e Estados Unidos da América

Os mosaicos nas absides foram doados pela Hungria, Irlanda e Polônia. A coroa de ferro forjado ao redor da Rocha da Agonia foi dada pela Austrália.

A coroa tem a forma de uma coroa de espinhos com ramos de oliveira. Um par de pássaros espinhosos em frente ao cálice da comunhão simboliza as almas que desejam compartilhar o cálice da Paixão de Cristo. Duas pombas de prata são retratadas como vítimas de sacrifício apanhadas em agonia entre os espinhos.

Chão de mosaico original descoberto

Explicamos várias vezes no blog que várias igrejas foram construídas uma acima da outra, durante todo o tempo de Cristo até agora. Durante a construção, partes do piso de mosaico da igreja bizantina original foram descobertas. Estas foram preservadas sob vidro e podem ser vistas no piso do corredor sul. Eu tirei foto e filmei.

O arquiteto então decidiu copiar este desenho de mosaico do século 4 no chão da igreja moderna, para sugerir uma continuidade espiritual ao longo dos tempos de fé.

A Fachada da Igreja

Na fachada da Igreja de Todas as Nações, a área triangular sobre o grande portal exibe um mosaico muito fotografado. Cristo é retratado como o mediador entre Deus e a humanidade, em cujo nome ele dá seu próprio coração, que um anjo é mostrado recebendo em suas mãos.

À esquerda de Cristo, uma multidão de pessoas humildes, em lágrimas, olham para ele com confiança. À sua direita, um grupo de poderosos e sábios reconhece as deficiências de seu poder e aprendizado. No cume da fachada destacam-se dois veados de cada lado de uma cruz. Abaixo do mosaico, estátuas dos quatro evangelistas são separadas por três arcos.

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